© foto: Adrian Wilson
Adrian Wilson descreve-a como "Her eyes sparkle like an excitable child’s, her energy and enthusiasm equally ferocious and she told me she always leaves her studio in time to arrive home for Eastenders."
Em Portugal, Paula Rego é um nome familiar quando se fala de pintura, é provavelmente dos primeiros nomes, se não o primeiro, que surge na mente colectiva portuguesa. É bom ver, para além disso, que também lá fora, o mesmo nome dito com outro sotaque reverbera da mesma maneira, e esta pintora continua a ser um dos nomes mais reconhecidos no panorama internacional. E ainda mais agradável é ver uma reportagem internacional sobre esta pintora com comentários tão afáveis sobre a mesma: é bom ver que por trás do fascínio, da pose, e do rosto de traços carismáticos, se esconde a infinita simplicidade e leveza desta fascinante mulher.
Partilho deste fascínio de Paula Rego pelas pessoas. A pessoa no seu sentido inteiro: não é só a sua forma física, não é só o seu retrato limpo de expressões: a pessoa inteira: a cara cheia de rugas e o nariz grande juntamente com os olhos gigantes que se contraem em emoção, os corpos cheios, exagerados, cada curva é aumentada, cada curva ganha importância no traço da artista. E estas pessoas imperfeitas, reais, interessantes em cada pormenor, contam histórias, histórias tão profundas que parece que "apesar de só se terem passado duas horas, as conhecemos toda a vida". O ser humano, com as suas dores, as suas incoerências, são a coisa mais importante, são a coisa que nos fascina... como Paula Rego admite, não conseguiria pintar outra coisa:
2 comentários:
publica mais daqueles teus desenhos.... do caderninho misterioso. :) *
oh... tem andado bué parado. :\
:)
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