Oslo, 72hs depois:


A minha aventura até Oslo:

Chego ao aeroporto Sá Carneiro as 6:45 da manhã, a minha mala grande pesa 26 kgs, 6 kgs a mais. Toca a abrir mala no meio do aeroporto e tirar todos os sapatos para a mala mais pequena. Embarco no avião, e passados o que pareceram ser 5 mins, estavamos a chegar a Lisboa com 20 minutos de atraso - tendo em conta que eu tinha 20 mins para fazer a transferência, isto tornou-se um pouco incómodo!
O voo para Oslo corre perfeitamente, bastante rápido entre sonos e almoço e o guia da American Express. Finalmente chego! A primeira coisa que faço é ligar para o único número de contacto que tinha na Noruega (sim, porque as instruçoes via e-mail diziam apenas o metro a apanhar, e onde sair, mas nada acerca de onde ir a seguir a sair em Blindern) - do outro lado atende um gravador de chamadas, em norueguês claro...
Um pouco preocupada, compro um mapa de Oslo gigante (10 euros) no aeroporto, e apanho o Flytoget (12 euros) para a Central Station. Carregar uma mala de 20 kgs, tenho-vos a dizer, é uma tarefa quase impossível sem teres que carregar mais nada!; carregar uma mala de 20 kgs + portátil + carteira + mala de rodinhas com 10kgs... não só é impossível como te tira anos de vida. Assim, e seguindo o conselho do meu querido Ricardo, aqui vou eu, cheia de optimismo, colocar a minha mala gigante num cacifo na Central Station. Os cacifos, claro, são pequenos demais para a mala grande! Coloco então a minha mala de 10kgs num deles, e dirijo-me para o painel electronico onde se faz o pagamento do cacifo: 40 kr/dia (5euros/dia). Tudo em ordem, até que coloco a minha nota de 100kr (12,50euro) na máquina e esta bloqueia! - com a minha nota lá dentro! Toca a pegar nas malas todas outra vez, e ir procurar alguém para me ajudar. Lá encontro uma senhora nos perdidos e achados que me devolve os 100kr e, ainda, me explica que existem uns cacifos maiores lá no fundo. "Há males que vêm por bem", diz a minha mãe - e livre dos 20 (80) kgs, aqui vou eu apanhar o metro para Blindern.
Com algumas indicações, lá dou com o metro, e faço uma viagem de 10 mins até Blindern. À saída, com mais indicações, lá consigo dar com o SiO (organização que gere o alojamento - entre outras coisas - dos estudantes estrangeiros) onde me dizem, depois de muito mexerem no computador, que não tem quarto para mim! Ou melhor, ter até tem, mas está sujo, porque os donos sairam sem o limpar, e as senhoras da limpeza não tiveram tempo! Para além disso, os quartos não têm roupa de cama - e eu não trouxe. Por esta altura, começo a achar que devia ter ficado em Portugal.
Depois de muito falar com o rapaz do SiO, ele lembra-se que talvez dê para me por num quarto limpo e com roupa de cama, na Student Village Sogn (mais longe) durante uma noite, mas, não têm chave desse quarto para me dar! O que quer dizer que basicamente fico presa dentro do quarto sem poder sair, e tendo em conta que no dia a seguir às 10 da manhã tinha que estar na AHO, ia ter que andar com as malas todas outra vez. Acabo por ir para o quarto sujo na Ulleval Student Village...
Vou de elétrico de Blindern até Ulleval, percurso que agora faço a pé, mas que se torna extremamente longe quando se anda com malas atrás. Na paragem do elétrico pergunto a uma rapariga qual é o que tenho que apanhar, e acabamos por ir no mesmo. Os noruegueses são super simpáticos! - tão, ou mais, simpáticos que os portugueses - e a meio da conversa com a Marina (a norueguesa do elétrico) descubro que ela tem um amigo português, do Porto, que está em Oslo desde o ano passado. Bora trocar emails, e já tenho 2 contactos!
A chegada a Ulleval é pacifica, é tudo muito calmo, cheio de árvores e miúdos a brincar nos parques. Subo até ao 7º piso... os corredores cheios de sapatos sujos à porta têm um ar um pouco estranho, mas tudo bem... só quero mesmo é chegar a casa e dormir! Encontro a minha porta, ponho a chave na fechadura, e: a chave não entra! Toco à campainha na esperança que a minha companheira de casa esteja, e nada! Ligo para o número de contacto e continua o atendedor de chamadas em norueguês! Em último recurso, toco à campainha da vizinha do lado: uma norueguesa simpática que também não consegue enfiar a chave na minha fechadura, mas consegue perceber o atendedor de chamadas que afinal diz, em norueguês: "Para ouvir esta mensagem em Inglês carregue 1!" - muito prático! A seguir lá consigo fazer a chamada para a caretaker, que enche a fechadura de óleo e, oh well! Finalmente: home sweet home... mas suja!

3 comentários:

margarida. disse...

... mas com net.
:)
assim até parece que me sinto pertinho d ti.*

maike disse...

oh! também já começou a tua aventura!!!

que riqueza! espero que sejas muito feliz!!!

beijinhos com saudade*

*gosto muito de ti

tiagolessa disse...

esta aventura dava um belo filme! espero pelo desenvolvimento da história e que corra tudo bem eheh :)