A propósito de entropias


Faço coisas que não devia fazer todos os dias. E, por sua vez, não faço coisas que devia fazer todos os dias também. Não sei bem por que me vou permitindo estas indulgências: juro-te que consigo ver, quando semicerro os olhos, a gigante bola de neve em que isto se está a tornar. E o mais triste é eu ver isso enquanto olho as minhas asneiras de frente, mas em vez de ser honesta e parar, limito-me a continuar, olhando para o lado. Acho que no fundo, se quiser encarar a coisa, diria que estou numa espécie de rota suicida, estou a obrigar os outros a obrigarem-me a tomar as decisões que eu estou demasiado confortável para tomar. Repara, no dia em que toda a gente à minha volta me odiar, não tenho mesmo grande opção que não seja bazar.

1 comentário:

maria disse...

joana, isto faz tanto sentido para mim. acho q essa bola ja me apanhou. nem sei como ainda estou aqui. nao sei como sobrevivi.