Qualquer coisa na maneira como a expressão dos olhos, boca, sobrancelhas, conjugadas parecem uma orquestra. E a maneira como às vezes me apetece ler e fantasio no passeio pelo teu quarto, à procura de um livro de que já te esqueceste, e tens perdido numa prateleira, no meio de três revistas casuais que leste, de facto. E a forma como sempre que entro no teu carro digo "Olá" sem prestar atenção e sigo o resto do caminho calada, concentrada nalguma coisa até que revelo o meu fascínio: "que música é esta que está a dar?", e a forma como fico frustrada quando a resposta normalmente começa por "é uma colectânea..." ou "é a banda sonora...". A forma como, em tudo, consegues fazer-me ficar calada, de expectativa, para depois me desiludires com a resposta.

1 comentário:

Ana disse...

lindo. em tanto me revejo